Recusa alimentar na infância: Sintomas e Tratamentos

Dra Camila Garcia

Dra Camila Garcia

Uma alimentação saudável e variada é fundamental nos primeiros anos de vida de qualquer criança. Mesmo assim, é na infância que geralmente surge a recusa alimentar. Essa recusa é identificada pela rejeição do bebê por um ou mais alimentos. 

Isso acontece por diversos fatores, entre eles, a criança estar cansada, nascimento de dente, ela estar doentinha ou simplesmente porque ela não quer mais.

A recusa é comum e pode acontecer com qualquer criança. O mais importante é identificar a fase e saber quando é normal ou se merece atenção maior! 

Veja também: Neofobia alimentar – causas e tratamentos

Como identificar a recusa

Identificar a fase da recusa alimentar em que a criança está é imprescindível para saber como agir e ajudar. Assim, você precisa conhecer cada fase e seus sintomas.

Ela é percebida quando a criança recusa um ou mais alimentos, tem preferência por algum alimento ou marca e quer escolher o que comer.

Logo, os pais ficam confusos e não sabem exatamente como lidar com isso. Antes essa criança comia bem, todos os tipos de alimentos e agora, por algum motivo, ele começa a rejeitar.

Essa situação pode ser só uma fase assim como pode perdurar e ficar mais grave com o passar do tempo.

Leia também: Introdução alimentar como fazer

rejeição alimentar

Causas da rejeição

Existem várias razões para a recusa alimentar aparecer, entre elas:

  1. hábitos alimentares ruins da família, que não estimulam a hábitos e alimentos saudáveis,
  2. oferecer os alimentos na forma e na consistência erradas,
  3. ainda está aprendendo sobre os alimentos,
  4. a criança pode estar doentinha,
  5. ela pode estar enjoada devido a uma vacina,
  6. pode ser dentinho nascendo,
  7. ela está testando a autonomia,
  8. ambiente familiar conturbado.

Esse distúrbio alimentar, quando identificado e tratado como deve, é só uma fase. Porém, se os pais não fazem nada e não agem corretamente, a recusa pode tornar-se um transtorno mais grave, como uma seletividade ou neofobia alimentar.

Existe tratamento?

Seja lá qual for a causa da recusa, existe tratamento sim. Se a recusa alimentar se deve a um dentinho novo nascendo ou porque a criança está doente, não tem motivo para se preocupar. Assim que isso passar, ela voltará a comer normalmente. 

Aja naturalmente, não force nem obrigue ela a comer. O mesmo acontece por volta dos 7 ou 8meses. A criança ainda está aprendendo a comer, está no início da introdução alimentar. 

Por volta de 1 ano, pode ocorrer duas situações. A primeira é que o apetite da criança diminui naturalmente, pois seu ritmo de crescimento é menor nesta idade. Dessa forma, pode ser que ela recuse os alimentos. Outro motivo pode ser a autonomia. Ela aprende a dizer não e pode estar testando. Nos dois casos, respeite a vontade da criança e continue oferecendo.

Em todos os casos, é fundamental:

  • Ter paciência
  • Respeitar a vontade da criança
  • Não forçar a comer ou raspar o prato
  • Não rotular
  • Ser exemplo
  • Fazer das refeições um momento agradável
  • Não oferecer recompensas
  • Não fazer chantagens
  • Não deixar comer frente às telas
  • Não substituir por outro alimento
  • Continuar expondo a criança ao alimento 
  • Continuar oferecendo nas próximas refeições
  • Não desistir.

Família e a alimentação

Uma alimentação saudável é necessária para garantir o crescimento, desenvolvimento e uma boa saúde para qualquer criança crescer forte e saudável. Por isso hábitos alimentares corretos devem começar na infância.

Tudo começa na introdução alimentar, fase fundamental para a criança aprender a comer. Assim, ele tem uma boa educação nutricional e contato com os mais variados tipos de alimentos.

Se o seu filho desenvolve essa recusa alimentar infantil, não precisa ficar nervosa. Ele não vai ficar desnutrido, mas é importante agir e não esperar que passe sozinha.

Continue expondo-o aos alimentos, esse contato é fundamental. Nunca substitua por outro alimento da preferência da criança. Dessa forma, você estará contribuindo para uma futura seletividade. 

Fazer as refeições em família, juntos os pais, também é imprescindível. Seja exemplo e faça com que os momentos de refeição sejam tranquilos e prazerosos. 

E não hesite em procurar ajuda profissional se necessário. O que não pode acontecer é para deixar a criança comendo apenas o que ela quer, alimentos muitas vezes sem vitaminas e micronutrientes, que não fornecem o que ela precisa para crescer saudável.

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