Toda mãe deseja ver o filho comendo bem, de forma saudável, todos os tipos de alimentos. Mesmo assim, se a criança não aprender corretamente, existe uma grande possibilidade de ela ter seletividade infantil.
Trata-se de um distúrbio alimentar no qual a criança não come muitos alimentos e tem falta de apetite. Isso acontece porque ela não teve uma boa educação alimentar durante a introdução dos alimentos sólidos. Essa fase é fundamental para uma relação saudável com a comida.
Uma criança é seletiva quando ela não come vários alimentos de um mesmo grupo alimentar. Uma alimentação saudável e balanceada, que garante saúde ao nosso organismo, só é alcançada com uma refeição completa, com todos os grupos alimentares: carboidratos, proteína, leguminosas, verduras e legumes.
Acontece que, diante de uma recusa do filho, a mãe acaba gerando esta seletividade mesmo sem intenção. Se ela não tem informação correta de como fazer a introdução alimentar e garantir essa educação nutricional, ela se apega a quantidade, a fazer o filho comer a qualquer custo. Tudo isso é prejudicial ao real aprendizado que a criança deve ter nessa fase.
Veja também: 5 dicas para lidar com a criança que não quer comer
Onde foi que eu errei?
Muitas mães fazem essa pergunta, mas é importante deixar qualquer sentimento de culpa, frustração e ansiedade para trás. O que passou, passou! Da mesma forma que você pode ter se equivocado e gerado essa seletividade, está nas suas mãos reverter agora esta situação.
Entenda melhor o que é seletividade alimentar e porque ocorre
Isso mesmo, não pense no erro, mas sim no que fazer daqui para frente para o seu filho comer melhor e construir hábitos alimentares saudáveis. Sempre é tempo de corrigir e quanto antes você começar, melhor para todos os envolvidos.
Na fase de introdução alimentar, que vai até os 2 anos, é preciso apresentar o máximo de alimentos a criança em relação a qualidade. Dessa forma, ela vai aprender, conhecer e explorar os alimentos em todos os seus sentidos: sabor, cheiro e textura.
Uma vez que a criança recusa um alimento especifico, não deixe de oferecer em outras oportunidades. Inclusive com uma preparação diferente. Você deve incentivar e insistir (nunca forçar) para que ela coma da próxima vez.
Nestes casos, também é válido citar o perigo de criar rótulos, que muitas vezes nem existem. Sabe quando o seu filho rejeita laranja por duas vezes e você já começa a dizer: “Ele não gosta de laranja”? Pois bem, você está criando um rótulo e pode de verdade prejudicar a aceitação da fruta numa próxima vez. A culpa não é da laranja.
O que evitar para meu filho não ser seletivo
Além de garantir uma alimentação com comida de verdade: frutas, verduras, carnes, legumes, existem sim alguns alimentos que você deve evitar para que no futuro a seletividade não se instale.
Veja como lidar com a rejeição de alimentos na seletividade alimentar
Um alimento que é recomendado oferecer apenas após os 2 anos e que pode influenciar a criança a ser seletiva é o açúcar, principalmente o refinado. Diversos alimentos industrializados são ricos em açúcar e as crianças comem sem saber desse perigo, como por exemplo, danoninho, bolachas e gelatinas.
A criança que tem uma alimentação com muito açúcar vai querer cada vez mais aquele paladar do açúcar, do doce. Ela vai ficar cada vez mais viciada e isso pode atrapalhar a aceitação de outros alimentos.
Ela sempre vai preferir e querer o sabor mais doce, mais forte e mais agradável que os alimentos de verdade e que ela deve comer. Dessa forma, é importante não oferecer açúcar antes dos 2 anos.
Paladar doce
A criança nasce com o paladar “em branco”, somos nós que formamos esse paladar e isso depende dos alimentos que oferecemos antes dos 2 anos.
Até essa idade, não podemos afirmar que a criança é seletiva. Pode ser apenas uma recusa momentânea. A recusa pode ser devido a um dente que está nascendo, ou dia de vacina, ou algum estresse no ambiente familiar.
Tudo isso pode interferir na alimentação infantil. Dessa forma, os alimentos precisam continuar sendo oferecidos e expostos a criança.
Porém, depois dos 2 anos, é mais comum ela ficar instalada, porque a criança normalmente já tem contato com alimentos industrializados e o açúcar. Assim, pode prejudicar a aceitação dos alimentos, principalmente os mais saudáveis.
Importância da Introdução alimentar
Uma introdução alimentar feita corretamente pode evitar o surgimento da seletividade infantil alimentar. Essa fase é essencial para o aprendizado sobre os alimentos e evitar aqueles que podem prejudicar, como o açúcar, é fundamental.
Ofereça sempre comidas saudáveis, deixe sempre à vista e prontos para o consumo. Outra dica que pode ajudar é não ter em casa. Quem compra os alimentos são os pais, se não tiver essas “bombas de açúcar” em casa, a criança não vai comer.
Aprender a comer é muito importante para uma boa saúde e hábitos saudáveis e precisa de dedicação e esforço dos pais. É educar mesmo, assim como educamos os filhos para a sociedade. É nosso papel ensinar educação alimentar a eles.
Se você passa por isso aí na sua casa e precisa de ajudar para tirar essa seletividade do seu filho, começa meu curso online Meu Filho Comendo Bem. Ele tem muito conteúdo sobre isso e muito mais para ajudar seu filho a comer melhor.
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